Viver na cidade é um exercício de vontade trágica.
As contingências, demandas e possibilidades da vida citadina exercem quase todo tipo de influência sobre o corpo, levando-o às raias do esgotamento, tirando a sua potência de uma condição natural e instalando um novo ritmo, uma nova carne, que resiste ou sucumbe a novas forças.
A vontade trágica é a vontade que não reconhece o direito da limitação, ou ainda, não responde à força da limitação.
Na cidade, essa força tem muitos nomes e muitos rostos.
Para (re)encontrar a sua força e o seu movimento, o corpo deve dançar com a cidade pois
*ignorá-la é impossível
e
*aceitar totalmente seus comandos é suicídio.
Há uma beleza na resistência trágica do corpo.
A dança é a resposta trágica e dialética do corpo à força da cidade.
(Rodrigo Vilalba, 07/out/10, após apresentação e conversa no 5º Work in Progress)
...................................
Na última quinta-feira realizamos mais um work in progress, dessa vez na
ANACÃ Corpo e Movimento.
Nossos agradecimentos a todo o público presente, por todos os retornos e contribuições!
Nenhum comentário:
Postar um comentário